Espaço: Educação e Cultura
Vocês já pensaram na força que a
televisão tem? Como ela influencia nossas vidas e nossos hábitos? Ela entra em
nossas casas sem pedir licença e toma conta do nosso tempo e da nossa rotina
por horas e horas.
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A televisão cria e destrói
ídolos, elege e derruba políticos, faz apologia a corpos sarados e ao
consumismo exagerado, como se só pudéssemos ser felizes com isso.
Pensem na qualidade dos programas que entram nos nossos
lares, reality shows que cultuam a aparência, o dinheiro e a fama de
pessoas encolhidas a dedo para serem transformados em heróis ou bandidos para
elevar a audiência, programas sensacionalistas de violência num horário
ível a todas as idades, novelas que apresentam um final feliz para aqueles
que conseguem estar num bom nível financeiro.
A pergunta é? A TV que traz alegria é a mesma que
atrofia? Creio que sim. Não posso dizer que na TV não existam coisas boas, mas
a verdade é que o que mais nos chama atenção é exatamente aquilo que não nos
traz nenhuma informação sensata. Mas a televisão não é a única culpada pelos
programas “imbecis”, pelas novelas com pornografia as 19:00h, pelos reality shows que são uma verdadeira agressão a inteligência
humana e nem pelo seu sensacionalismo ou incentivo ao consumismo. Ela vive de
audiência, só a o que os telespectadores assistem. Então se há tudo isso na
TV, é porque lhe dão audiência, o maior culpado por esse atrofiamento cerebral
causado pela televisão são os telespectadores.
Precisa-se educar a nossa programação diária,
deixar de dar audiência para aquilo que não nos traz educação ou
desenvolvimento social e humano. Precisamos de programas educativos e não
apenas de programas de moda ou culinária, de novelas que tratem mais da vida das
pessoas e que não mostrem apenas cenas de sexo ou incentivo ao materialismo sem
limites, de programas de humor menos imorais e apelativos, de programas que
tratem a criança como um cidadão em desenvolvimento e não como um cliente.
A televisão, historicamente falando, já conquistou
diversas vitórias políticas, hoje ela continua com essas conquistas, assim como
usa a religião para seus fins materialistas e mesquinhos.
O que nos resta é reconhecer o que há de bom e de
ruim na TV, cabe a nós, sabermos o que devemos ou não assistir, o que devemos
ou não permitir que as crianças assistam. Se o povo é quem constrói sua
cultura, então que sejamos construtores da cultura televisiva. Cabe a nós
mudarmos ou darmos continuidade a ela. Eduque a TV antes que ela eduque você.
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