Espaço Educação e Cultura
Se alfabetização consistir
somente no aprendizado do alfabeto e no ato de decodificar códigos, posso dizer
que no Brasil ainda existem cerca de 14 milhões de analfabetos segundo o IBGE,
mas se observarmos pelo lado de que ler consiste na capacidade de interpretar,
compreender, criticar e produzir conhecimento, estamos muito pior no que diz
respeito a uma alfabetização digna de uma nação que visa o crescimento, levando
em consideração que a alfabetização facilita a socialização promovendo o o
aos bens culturais e ao conhecimento.
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Atualmente, ser alfabetizado, ou
seja, saber ler e escrever, têm se mostrado uma condição insatisfatória para
corresponder as demandas da contemporaneidade. O fato de uma pessoa não conseguir
interpretar textos e não saber o significado de várias palavras em diferentes
contextos, forma aquilo que chamamos de analfabeto funcional.
Segundo a pesquisa denominada “indicador
de analfabetismo funcional”, divulgada pelo IBOPE em 2009, se você é capaz de
ler e compreender totalmente textos como este, você faz parte de uma elite do
Brasil: O seleto grupo dos plenamente alfabetizados. Apenas 25% da população
brasileira se enquadra nessa categoria.
Há alguns questionamentos pertinentes
quanto a isso. Como um aluno consegue sair da escola sem compreender aquilo que
lê? Ou melhor, é possível melhorar a qualidade de vida em um país onde a maior
parte da população sofre de analfabetismo funcional?
Já é claro e evidente, que a
política nacional só vê a educação através de estatísticas, questionários
socioeconômicos, como aqueles que os estudantes respondem quando fazem a
inscrição do Enem, por exemplo, só serve para mostrar quem freqüentou a escola
e quem aprendeu a ler, mas não identifica que tipo de aprendizado adquiriu,
então é impossível fazer uma avaliação da qualidade da educação no Brasil dessa
forma.
O que se percebe, é que o sistema
de educação no Brasil é inadequado a necessidade do educando, não dá para
culpar os educadores e nem as escolas, pois são obrigados a seguir um uma
conduta estabelecida pelo Ministério da Educação, conduta essa que não está
sendo satisfatória, afinal estão sendo formados meros decodificadores da
leitura e da escrita, gerando uma enorme quantidade de pessoas com grande dificuldade
de adquirir conhecimento, cultura e informação.
É preciso voltar os olhos para a
qualidade do ensino, não conseguiremos crescer uma nação, sem cidadãos
conscientes, se não somos bem formados, não temos condições de sermos
considerados desenvolvidos, assim como, não dá para melhorar a qualidade de
vida de um país, sem pessoas capazes de compreender, criticar e produzir, e
essas competências são adquiridas principalmente na educação.
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