Espaço: Educação e Cultura
No mês de maio desse ano o
MEC anunciou as novas regras para a correção da redação do ENEM, serão cinco
competências, das quais o estudante deve obedecer.
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As competências são: Competência I: Demonstrar domínio da norma padrão da língua
escrita. Competência II: Compreender a proposta de redação e
aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos
limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. Competência
III: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações,
fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Competência
IV: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingüísticos necessários
para a construção da argumentação. Competência V: Elaborar proposta
de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.
Dentre essa decisão tomada, venho aqui
indagar os seguintes questionamentos: O estudante brasileiro (principalmente o
da escola pública) tem condições claras de redigir uma redação que corresponda
a essas competências? A educação no Brasil prepara realmente o estudante para
que ele seja capaz de desenvolver um texto dentro dessas exigências? Como o MEC
cobra essas competências dos estudantes se a educação brasileira não oferece
recursos para que o mesmo tenha potencial para fazer textos como esses?
O que me compete falar aqui é que o nosso
país, assim como o ministério da educação (MEC), mais uma vez tenta encobrir a
realidade, a realidade de que continuamos sendo um país atrasadíssimo no
quesito educação. É nítido que a grande maioria dos estudantes do Brasil, não
conseguirá obedecer a essas competências por não terem tido orientação
suficiente para fazê-las, a educação brasileira, principalmente no ensino da
língua materna, ainda esta aquém do ideal, presa somente a questão gramatical, enquanto
que a produção e a compreensão de textos vêm sendo colocada em segundo plano há
muito tempo. São inissíveis critérios como esses no ENEM, se o sistema
educacional não dá e e preparação para que o aluno desenvolva-os.
O ministro da educação Aloizio Mercadante,
disse que o Brasil está atrasado em relação a exames semelhantes realizados em países
como Estados Unidos, China, Alemanha, França e Reino Unido, mas o problema
principal da educação brasileira não está nos exames, mas sim no sistema educacional,
na formação do discente, na falta de investimento, no material didático e no
ensino dentro da sala de aula.
O Brasil
precisa repensar a educação, não dá pra exigir do aluno aquilo que ele não teve
o para aprender, é preciso maior investimento e atenção para a formação do
aluno, para não exigirmos do mesmo, algo que ele não tenha condições de dar,
simplesmente para mostrar para o mundo algo que não temos, ou seja, alunos
preparados para realizar exames típicos de países de primeiro mundo.
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