Foto: Arquivo/Assessoria de Imprensa CMU |
“Acho que a gente deve tentar se sentar mais uma vez, conversar, tentar achar as soluções [...] Conversei com o vereador Washington, conversei com o prefeito Marcos [...] Vendo quais são os meios que a gente pode tentar [seguir para] construir um avanço, um amadurecimento nesse assunto, porque a gente deve ponderar uma situação diferenciada que a gente vive hoje do ponto de vista financeiro. Isso a gente não pode negar. A situação tem repercutido drasticamente nas finanças de todo Brasil e Umarizal não é diferente, então nós estamos na iminência de viver e vivenciarmos um momento muito difícil em Umarizal”, alertou Armando.
![]() |
Foto: Léo Silva / O Umarizalense |
Para Armando, a “situação diferenciada” de crise vivenciada pela prefeitura, não permite o cumprimento integral do plano, como a categoria reivindica. “Não é o momento que a solução vai acontecer. Não é o momento”, afirmou.
Presidente do Sindiserpum, a professora Aucicleide Souza disse que a categoria tentou de todas as formar buscar um acordo com a istração municipal para evitar o movimento paredista, mas sem sucesso. “O nosso advogado deu todas as sugestões, ideias de possíveis acordos e em nenhum momento foi acatado. A proposta dele [do prefeito Marcos] é que seria só para janeiro [o pagamento de uma letra], mas pelo nosso entendimento não se pode deixar dívidas para outras gestões se não sabe que ele [o prefeito] vai continuar. Diante disso a categoria ficou indignada”, afirmou.
Armando frisou que não é “por omissão”, que o prefeito Marcos não faz cumprir o PCSS e novamente destacou a crise econômica que afeta os cofres públicos da prefeitura. O vereador informou que o executivo está preparando um relatório que será enviado a todos os poderes constituídos do município mostrando como estão as contas municipais.
“O prefeito já me disse que vai entregar um relatório da situação financeira ao Ministério Público, ao padre João Batista, à Ordem dos Pastores de Umarizal, a todos os poderes constituídos. Eu acho que isso é uma sinalização de quem está querendo demonstrar que nós estamos vivendo realmente um período de crise, um período que particularmente eu não vejo hoje na conjuntura atual, [como] nós encontrarmos uma solução pro mês que vem, ou daqui a dois meses resolver esse problema. Não existe. O município está aí garimpando os recursos, como todas as prefeituras, para garantir o fechamento da folha de pagamento”, lamentou o parlamentar.
O vereador fez um apelo para que o prefeito e os servidores busquem chegar num consenso e evite a greve que irá paralisar os serviços públicos. “Porque se a greve se concretizar, pelo que eu tenho sentido pelo município e pelo que a gente compreende das condições do município, vai chegar ao final do ano e a greve não se acaba porque não tem mágica”, destacou.
![]() |
Foto: Léo Silva / O Umarizalense |
Prefeito
O prefeito Marcos já afirmou que o município não a a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários, "Se a gente fechar uma letra de 60 professores já dá mais de R$ 100 mil reais”, disse o chefe do executivo em reunião com a classe. O impacto total da implementação para toda categoria é de mais de R$ 300 mil reais, segundo Marcos.
Crise
Levantamento promovido pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) constata uma realidade enfrentada por grande parte dos municípios potiguares: a crise econômica tem resultado em severas dificuldades, que vão desde o atraso na folha de pagamento do funcionalismo público ao fechamento de escolas.
Os números que comprovam esse cenário negativo foram divulgados pelo jornal Tribuna do Norte. Atualmente, 28 prefeituras estão com salários atrasados. Há cidades em que servidores não recebem suas remunerações há seis meses.
A CNM ouviu gestores de 126 dos 167 municípios potiguares. Em 71 cidades, prefeitos alegaram que não há recursos para o pagamento do piso do magistério, obrigação estabelecida por Lei Federal. A crise fez com que 13 escolas fossem fechadas pelo Estado. Não há dinheiro para manutenção da frota que faz o transporte dos alunos em 59 Prefeituras e falta merenda em 18 municípios.
Em Umarizal, mesmo com o cenário de crise, o prefeito em exercício Marcos Fernandes vem mantendo em dia o pagamento dos servidores públicos. Segundo o gestor, Umarizal vem conseguindo superar a crise devido aos inúmeros ajustes que foram feitos na istração municipal, com cortes e contenção de gastos, redução de secretarias e cargos comissionados, entre outras medidas.
Do O Umarizalense (Reprodução autorizada mediante citação do O Umarizalense)
Portal Oumarizalense.com.br, Rua do Cooperativismo, 112 - bairro IPE, Umarizal, RN 59865-000, Brasil. CNPJ: 24.992.627/0001-34. Telefone: (84) 99681-4950
0 Comentários 66t6m